Analisar a necessidade do mercado. Definir um segmento específico para atuar. Conhecer a fundo o público-alvo... Já não é novidade que essas são algumas das medidas vitais na estruturação de um negócio, dentro ou fora do ramo fitness. Todo esse planejamento criterioso pode levar à identificação de oportunidades voltadas a agregar ainda mais valor aos frequentadores de uma academia.
Esse é o caso dos empreendimentos que apostam em oferecer aos clientes um espaço para alimentação integrado ao ambiente de treino. Quando se trata de viver uma rotina mais saudável, o praticante de atividade física já tem em mente que a alimentação é um fator tão importante quanto o próprio treino.
Desse modo, é natural que os proprietários de centros de treinamento busquem formas de facilitar a vida de seus alunos e, consequentemente, gerar mais receita. A ideia de um local tranquilo e adequado para fazer as refeições sem deixar a academia parece ser mais que bem-vinda para ambos os lados dessa parceria.
Possibilidades variadas para públicos variados
Além de possuir unidades com diferentes propostas e modalidades de treino ajustadas a seus diferentes públicos-alvo, a Bodytech, por exemplo, com 62 unidades no País, disponibiliza também opções de espaços para alimentação, de acordo com a identidade de cada academia. Há lanchonetes que oferecem praticidade e variedade em lanches saudáveis e rápidos, em unidades como as do Shopping Vitória, em Vitória (ES) e a localizada no bairro do Tirol, em Natal (RN).
Uma das academias da rede no bairro do Itaim, em São Paulo (SP), coloca um restaurante à disposição dos clientes. A ideia é oferecer conforto para as pessoas fazerem suas refeições e não apenas lanches. Existe também uma terceira versão: os cafés, com espaço mais reduzido e aconchegante, como o que se encontra na unidade do Shopping Crystal, em Curitiba (PR).
Restaurante de uma das unidades da Bodytech, no bairro do Itaim, em SP.
O que considerar
Se você acredita que a sua academia também comportaria bem um espaço para alimentação, confira alguns pontos que devem ser observados:
- Ofereça opções para pessoas com dietas restritas. Seus clientes não são todos iguais... Nem suas características físicas, objetivos de treino e até preferências alimentares. Uma boa ideia é ficar atento a alimentos adequados a quem não quer ou não pode comer de tudo. Lembre-se de incluir no cardápio itens vegetarianos, veganos, sem lactose, sem açúcar, entre outros;
- Atente-se à conservação dos alimentos e limpeza do local. Como o core do seu negócio não é a alimentação, você pode não estar habituado às importantes regras referentes ao acondicionamento, manipulação, preparo e apresentação dos alimentos. Portanto, estude as melhores práticas e certifique-se de que o ambiente esteja limpo, convidativo e agradável;
- Forneça produtos alinhados ao que o seu público consome. Pode parecer óbvio, mas alimentos processados, frituras e guloseimas em geral, mesmo que sejam mais fáceis de preparar e vender, podem não estar alinhados ao propósito de um estilo de vida wellness. Cuidado! Suas escolhas nesse sentido podem afetar a imagem do negócio como um todo;
- Lembre-se dos suplementos e isotônicos. Eles já são parte da rotina de grande parte das pessoas que treinam. Oferecê-los em sua academia pode ser mais uma grande facilidade. Existem também, inclusive, versões fitness de receitas bastante populares que incluem Whey Protein, por exemplo. Mostre aos clientes que é possível ser saudável sem abrir mão do sabor;
- Conte com o apoio de um nutricionista. Alimentação também exige planejamento e não há ninguém melhor do que um profissional para considerar todas as possibilidades e fazer as melhores escolhas.