O autor, comediante e atleta paralímpico discute a importância de fazer “Mais Uma Coisa, Mais Uma Vez” na IHRSA 2020.
Depois de ter a perna amputada por conta de um câncer na infância, ele começou a praticar esqui e nunca mais parou. Representante dos E.U.A. em competições internacionais como membro do time de futebol para amputados, Josh Sundquist é autor e palestrante motivacional, comediante, e atualmente inspira audiências corporativas ao redor do mundo. Seus vídeos online já alcançaram a marca de mais de 200 milhões de visualizações. Conversamos com ele sobre sua carreira de destaque, o mercado fitness, e o espaço para os deficientes físicos dentro do cenário – além da palestra que dará para a IHRSA 2020 com tradução simultânea para o português..
IHRSA: Sobre a sua apresentação na IHRSA 2020, cujo título é “One More Thing, One More Time” (em português: “Mais Uma Coisa, Mais Uma Vez”). O que essa frase quer dizer?
JS: Esse é um lema que eu adotei enquanto treinava para os Jogos Paralímpicos. Eu escrevi “1mt1mt” em todo o meu equipamento de esqui. A ideia era que, no fim do dia, e me perguntasse que outra coisa eu poderia fazer para chegar mais perto do meu objetivo de entrar no time paralímpico. Esse é o tema da minha apresentação. Eu quero que a audiência saia de lá tendo descoberto o que a sua “coisa a mais” é. É essa “mais uma coisa” que vai ajuda-los a conquistar suas metas, em relação a gerenciar sua academia e até mesmo suas vidas pessoais.
IHRSA: Você com certeza aprendeu muito sobre a indústria, e uma motivação incrível como esportista paralímpico. Qual papel os exercícios e as academias tem na sua vida?
JS: A primeira vez que eu fui para uma academia foi quando eu era adolescente e comecei a treinar para as paraolimpíadas. Eu ia para lá todas as manhãs, às 6h, para treinar antes de ir para a escola. Eu amava aquele lugar! Eu sabia o nome de todos os funcionários. Depois de um tempo, eu virei Membro do Mês: eles tiraram uma foto minha e eu ganhei uma massagem grátis.
IHRSA: Em termos da sua rotina de exercícios, como isso se mantém até hoje?
JS: Como já disse, eu fui para as Paraolimpíadas e, hoje, eu jogo para o time de futebol de amputados dos E.U.A. Ao longo dessa trajetória, eu também ganhei o concurso Body for Life e, por um curto tempo, eu tive certificação de personal trainer – era apenas um hobby. Hoje, trabalhando como palestrante motivacional, eu estou constantemente viajando, o que significa que ao longo do tempo eu tive a oportunidade de visitar muitos estabelecimentos ao longo do país.
IHRSA: Na IHRSA 2020, você vai palestrar para milhares de profissionais do fitness e da área da saúde. Qual é a sua percepção sobre essa indústria? Que mensagem você gostaria de transmitir para ela?
JS: A mensagem que eu tenho é: eu amo academias. Elas têm um papel essencial na minha vida. Por isso, eu estou honrado por participar deste evento, e por poder compartilhar minha história com vocês. Eu espero que consiga inspirá-los a continuar a servir seus membros sinceramente.
IHRSA: O que você gosta ou detesta sobre as academias de hoje?
JS: Uma coisa que eu aprendi sobre os estabelecimentos esportivos é que a vibe é mais importante do que qualquer coisa. Por conta das minhas viagens, eu provavelmente me hospedo em 40 a 50 hotéis por ano, e a primeira coisa que eu faço depois do check-in é dar uma olhada na academia – não para treinar, mas para ver se aquele é um espaço inspirador. Será que a vibe – a combinação do design, luz, cheiro, equipamento, decoração e, é claro, os funcionários – me motivam a querer me exercitar? Se sim, eu troco de roupas e vou direto para lá. Se não, eu simplesmente faço uma caminhada.
IHRSA: A IHRSA, atualmente, é envolvida com a UFIT (Universal Fitness Innovation & Transformation), uma iniciativa internacional que encoraja academias a proporcionar serviços para deficientes físicos. O que você acha desses esforços?
JS: O exercício físico tem sido absolutamente essencial em facilitar a minha recuperação do processo de amputação, e me ajudar a me manter saudável na fase adulta. Pessoas com deficiência são uma população vulnerável. Ter um lugar em que elas se sintam bem-vindas e capazes de participar de atividades, de acordo com o seu grau de mobilidade, pode ser um fator muito importante, e até protege-las contra um estilo de vida sedentário e problemas como depressão e debilidade física.