Dados sugerem que a plataforma de aulas em vídeo superou os números da rede de estúdios
Na batalha por clientes do ramo fitness, que modelo de negócios vai prevalecer? A bem-sucedida rede de ciclismo em grupo ou a gigante especializada na transmissão de treinos em vídeo? Esse é o questionamento que a indústria se faz a respeito de SoulCycle e Peloton.
Recentemente, o Recode, um website focado em tecnologia, reportou que a Peloton, que tem base em Nova York, comercializa bicicletas ergométricas de alta qualidade e oferece transmissões de treinos online, mais do que dobrou sua base de clientes no ano passado.
O que os dados dizem
Como resultado, no terceiro trimestre de 2018, o número de inscritos na Peloton já era 4% maior do que o número de clientes da SoulCycle, também localizada em Nova York. No início de 2017, a SoulCycle tinha, aproximadamente, o triplo da quantidade de clientes da Peloton.
A nova descoberta foi feita pela Second Measure, empresa que analisa compras por meio de cartões de débito e crédito das maiores bandeiras. A Second Measure ainda indica que o número de indivíduos que realizaram compras na SoulCycle no mesmo período caiu, aproximadamente, 10% a cada ano.
A versão da SoulCycle
MScience, outra empresa de análise de dados, confirma o que a Second Measure descobriu. No entanto, um porta voz da SoulCycle declarou que os dados, como apresentados, estavam incompletos e com erros.
“A receita do estúdio tem crescido com os anos. As aulas pagas estão em alta, assim como as aulas totais, e nossas matrículas ativas não têm caído. Estamos, inclusive, vendo um aumento no número de aulas das quais nossos alunos participam a cada mês. Nós, recentemente, abrimos dois novos estúdios em Las Vegas e Denver, o que nos leva a um total de 90 estúdios na América do Norte. Nosso crescimento em números de consumidores e de receita mostra que nada pode replicar nossa experiência imersiva e marcante para a categoria”, aponta o representante da rede de estúdios.
A Peloton, que mais recentemente foi avaliada em 4 bilhões de dólares, indicou que tem planos de abrir seu capital, em 2019. Confira na edição de março da revista CBI, a matéria no idioma original (inglês).