Conquistar clientes exigentes, contar com instalações modernas e oferecer modalidades de treino inovadoras. Muitas vezes, proprietários de academias gastam toda a sua energia para atender a essas e outras exigências do mercado, mas acabam deixando de lado o principal pilar do negócio: a organização das finanças.
Para quem já está inadimplente, a primeira instrução pode parecer óbvia, mas muitas vezes não é seguida. Deve-se gastar menos do que se arrecada e não antecipar recebíveis do futuro para pagar as contas do presente.
A orientação, para situações em que o saldo é negativo, é mensurar a despesa fixa mensal e a receita. Depois disso, é importante fixar um prazo para financiar a dívida e voltar as contas para o azul.
Empréstimos convencionais e o cartão de crédito devem ser evitados, pois as taxas de juros são muito altas. Existem no mercado instituições que cobram taxas mais baixas, assim como os bancos que oferecem linhas de microcrédito com condições melhores. Pesquise!
Quem pagar primeiro?
Outro erro cometido por empresários de academias que estão no vermelho é o de “sortear” qual conta pagar. Normalmente em uma academia, cerca de 40% dos gastos são com mão de obra. Há ainda água, luz e telefone, serviços que são cortados quando as contas estão em atraso.
Para alguns consultores financeiros, o ideal nesses casos é priorizar o pagamento das pessoas e, depois disso, as contas que podem gerar protestos. Mas a principal orientação é buscar um capital de giro, como empréstimo bancário ou linha de crédito.
Também há a possibilidade de terceirizar o que não está relacionado ao core business da academia, como limpeza, manutenção, manobristas e segurança. Em muitas ocasiões, esses profissionais não precisam trabalhar o dia todo, o que contribui para a desoneração da folha de pagamento.
Busque novos clientes
Manter uma estratégia comercial dinâmica, com vendas e retenção de clientes, reduz o risco de falência.
Entre os alunos que se inscrevem, cerca de 10% desistem da academia ao final de cada mês. Por isso, para manter o equilíbrio, é necessário receber como visitantes, ao menos, o dobro do número de pessoas que deixaram a academia. Ex-clientes também devem ser monitorados, especialmente nas fases difíceis do negócio. Busque no banco de dados de antigos alunos aqueles que podem retornar.
Comece com o pé direito
Empreendedores que estão iniciando uma academia devem ter como prioridade manter um ponto de equilíbrio, que garantirá a “saúde” do negócio. Cabe analisar o custo fixo mensal da academia, como folha salarial, água, luz, impostos e aluguel, além de calcular o faturamento mínimo necessário para que todas essas contas sejam pagas.
A dica aqui é procurar vender planos de aula ao menos 45 dias antes de abrir a academia. Pensar em uma mensalidade mais modesta para atrair clientes no começo pode ser o caminho, desde que essa estratégia esteja alinhada à proposta de negócio da academia.
Decore estes números
Descontados os impostos e a margem de lucro desejada pela academia, é importante ter como referências em relação ao total das despesas: