A falta de confiança na economia e a instabilidade da atual situação governamental do país somado a crise da saúde, trouxe rachaduras profundas para economia.
Consumidores assustados e recuperação lenta, são algumas situações que Edgard Corona, CEO da SmartFit aponta para nós nos prepararmos para o mercado fitness em um futuro próximo.
Especialistas da economia brasileira salientam a importância de tomar decisões mais assertivas no presente para reduzir as consequências desastrosas para o nosso futuro, que tem muito a recuperar. Ricardo Amorim, economista brasileiro frisa a importância de nós tirarmos lições valiosas desse momento:
“Espero que nós saiamos dessa crise com um senso maior de solidariedade, e que não deixamos de levar em consideração as lições que aprendemos nesse período, pois crises acontecem, mas aprender as lições servem para que nós não revivamos esses momentos, que cada um de nós faça a sua parte para que isso não volte a acontecer.” (Futuro da economia brasileira - Canal do Youtube Ricardo Amorim)
A empatia é um dos grandes pilares que está direcionando as ações das grandes empresas. Todos nós, empresas e pessoas fazemos parte de uma engrenagem muito maior, e dependemos uns dos outros para seguirmos em frente. Mesmo estando longe fisicamente, todos nós, brasileiros, nos aproximamos virtualmente, e compartilhamos desse sentimento:
“O que nos cabe, empresários à frente dos negócios do fitness, em todo o país, é lutar por apoio governamental, buscar melhores termos nos acordos sindicais de cada estado, renegociar contratos com locadores de imóveis, fornecedores e parceiros, para que possamos vencer essa crise. Só dá para fazer tudo isso se nos unirmos” - nas palavras de Gustavo Borges, Presidente da ACAD Brasil.
É diante desse cenário que se construiu uma nova relação com o consumidor. Esse relacionamento se tornou um grande desafio para alguns setores, principalmente aqueles que dependiam em sua grande parte de uma operação presencial, como o mercado fitness.
Em um primeiro momento, o senso de urgência tomou conta do brasileiro, a preocupação se voltou principalmente para questões básicas de sobrevivência, como abastecimento de alimentação, itens de higiene básica, e um novo olhar sobre como cuidar da própria saúde.
Em uma pesquisa realizada pela Nielsen, revela as mudanças de hábitos que mais se destacaram:
● Crescente interesse por produtos para a manutenção geral da saúde e bem-estar.
● Priorização de produtos essenciais para a contenção do vírus, saúde e segurança pública.
● Armazenamento de alimentos e uma vasta gama de produtos de saúde.
● Aumento das compras online e diminuição das visitas às lojas. ● Viagens de compras restritas, preocupações com o aumento do preço.
● Retorno às rotinas diárias, mas com cautela renovada sobre a saúde.
Essa nova atenção para a saúde trouxe por um lado perspectivas positivas para o mercado fitness, à medida que mais pessoas passaram a se interessar e enxergar a importância de práticas de atividade física para se manter saudável. Em outros países, essas mudanças já estão sendo sentidas:
“Fora do Brasil a venda cresceu. Nos EUA e na China. Consumidores entenderam que obesidade e diabete são riscos inaceitáveis. 30% dos clientes que se matricularam nunca tinham estado numa academia”, comenta Edgard Corona.
Contudo, a impossibilidade de abrir academias e clubes aqui no Brasil, obrigou os gestores das academias, clubes de esporte e bem estar a se reinventarem, primeiramente para continuar entregando serviço aos seus membros, mas também despertar o interesse de novos entrantes.
O digital proporcionou essa construção de um nova relação com os consumidores, graças às plataformas de conteúdo, e as redes sociais Instagram, Facebook e Youtube, que possuem diversos formatos de conteúdo, como o desenvolvimento de lives e IGTV’s, permitindo que muitas academias oferecessem novos modelos e planos de aulas que se aproximassem do dia a dia do cliente dentro de casa.
Diante dessa transformação, de uma nova relação estabelecida totalmente no ambiente digital, fica a dúvida em como haverá a conciliação desse recurso no momento de retomada. Para Edgard Corona devemos sim nos preocupar em manter uma estratégia virtual:
“Podemos realizar consultas on-line, de personal, de atendimento, de nutrição. Dar informações. Estar 24 por 7 na vida do cliente mostrando como ele pode levar a uma vida mais saudável independentemente de onde esteja”, pontua Edgard.
Além disso é preciso compreender que com a retomada gradual do consumidor para a academia não ocorrerá de uma hora pra outra. Como já mencionamos anteriormente em outra matéria do blog o plano de reabertura do seu estabelecimento com segurança implicará em muita cautela.
Isso não será diferente para a relacionamento na volta. O sentimento de preocupação e medo estará presente e é preciso que nós sejamos pacientes para que o cliente recupere a confiança para retomar as atividades, e cabe à você gestor também montar uma estratégia que converse com o cliente nessa retomada, da mesma forma quando seu contato se tornou totalmente virtual.
Para mais conteúdos sobre Coronavírus e como manter o seu negócio fitness em época de crise confira nossas matérias no blog da IHRSA.